Grupo de pesquisa ligado à linha de Comunicação e Política do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná.

Processo de impeachment: Argumentos de defesa e acusação tem datas definidas para serem ouvidos

A comissão do senado que avalia o processo do impeachment definiu as datas para serem ouvidos os argumentos de defesa e de acusação.

Hoje, quinta-feira dia 28.04.2016, o senado vai ouvir dois dos autores do pedido de impeachment, o jurista Miguel Reale Junior e a advogada Janaína Paschoal. Na sexta-feira dia 29.04 será ouvida a defesa da presidenta Dilma Roussfeff, o advogado-geral da união, José Eduardo Cardoso, o ministro da fazenda Nelson Barbosa e a ministra da agricultura Kátia Abreu. Também será ouvido um representante do Banco do Brasil.

Já nos dias 2 e 3 de maio a comissão vai ouvir especialistas em direito e economia indicados pela defesa e pela acusação. Na sequência, no dia 04.05 o senador Antonio Anastasia vai apresentar o relatório sobre a admissibilidade da denúncia que será discutido no dia 05 e votado no dia 06 de maio. Independente do resultado, até 48h depois o plenário tem que decidir por maioria simples o afastamento ou o arquivamento do processo.

Processo de impeachment tem discussões acaloradas

O debate sobre liberação de decretos para o pagamento de despesas sem autorização do congresso e empréstimos de bancos públicos para o governo, as chamadas pedaladas fiscais, provocou um conflito entre os senadores. Antes de chegar à opção de fazer o convite a um representante do Banco do Brasil sem nomina-lo, a argumentação teve um enfrentamento de variadas posições. A discussão iniciou no momento de decidir se vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, participaria ou não do debate. A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) defendeu o ponto de vista de que uma vez presente, o vice-presidente do Banco do Brasil, um homem que é esclarecido sobre contratos na área da agricultura, acabaria desmascarando uma possível tentativa de imputar a presidenta Dilma um crime que ela não cometeu. Em contrapartida o senador Alvaro Dias (PV/PR) apresentou o argumento de que uma das instituições de maior relevância para o país, O Banco do Brasil, deveria ser preservada dessa discussão.

O senador Raimundo Lira (PMDB/PB) presidente da comissão, precisou pedir calma aos demais senadores no momento do debate e solicitou que os representantes controlassem suas emoções, lembrando a todos que eles são um grupo seleto com um objetivo definido.

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Fonte: G1