A semana foi intensa no meio político nacional. Da tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff à formação de um eventual governo Michel Temer, o noticiário da política teve a decisão histórica do Supremo Tribunal Federal que afastou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Relembre os principais momentos da semana:
SEGUNDA-FEIRA
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, se reuniu com o vice-presidente da República, Michel Temer. Caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada pelo processo de impeachment, Meirelles deve assumir o Ministério da Fazenda do governo do peemedebista.
TERÇA-FEIRA
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Janot, há indícios de que Lula agiu para atrapalhar as trataivas de acordo de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O nome de Lula apareceu ligado ao caso pela primeira vez na delação do senador Delcídio do Amaral, que deixou o PT após ser preso oferecendo dinheiro à família de Cerveró em troca do silêncio.
QUARTA-FEIRA
O relator do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na comissão especial instalada no Senado Federal, Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou relatório favorável ao impedimento da presidente. Segundo Anastasia, há elementos que sustentam a tese de que Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade fiscal no exercício do atual mandato, através das chamadas pedaladas fiscais.
QUINTA-FEIRA
O então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, (PMDB-RJ) foi afastado da presidência do Legislativo e também do exercício do mandato de deputado federal. Pela manhã, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki concedeu liminar para afastar Cunha, a pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot – ele estava há cinco meses analisando o caso. No período da tarde, o Plenário do STF ratificou a liminar de Teori por 11 votos a 0.
SEXTA-FEIRA
A comissão especial do impeachment no Senado Federal aprovou por 15 votos contra cinco o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao impedimento da presidente Dilma Roussef. Agora o relatório segue para o Plenário da Casa, onde será analisado pelos 81 senadores. Caso seja aprovado por pelo menos 41 parlamentares, a presidente será afastada por até 180 dias para que o caso tenha o mérito julgado. A previsão é de que a votação ocorra na próxima quarta-feira.