Houve, naquele dia, um grito oriundo dos estudantes de inúmeras nacionalidades que vivem na cidade e viram seus futuros em risco. Os clamores pelo veto da lei que atinge diretamente a Central European University, CEU, tomaram as ruas de Budapeste ao redor da universidade.
Em menos de uma semana o projeto apresentado pelo partido do primeiro-ministro Viktor Orbán, foi aprovado com um total de 123 votos a favor e 38 contrários. Tal projeto consiste no banimento de universidades estrangeiras que não possuem sede própria em seu país de origem, caso da Central European University, de propriedade do bilionário húngaro-americano Gerorge Soros. Com a aprovação do projeto por Orbán, a universidade não poderá admitir estudantes a partir de janeiro de 2018 e deverá fechar as portas até 2021. Diversos governos da Europa e América se pronunciaram contrários à lei, bem como entidades como a Humans Right Watch.
A grande maioria dos alunos, que são de diversas nacionalidades, recebem bolsas de estudos financiando 100% dos seus cursos de mestrado e doutorado. Com o banimento do CEU e outras instituições estrangeiras haverá prejuízos inestimáveis ao ensino e pesquisa na Hungria e no mundo todo.
Créditos da notícia: Pedro Pimentel – integrante do CEL e mestrando do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná.
